segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Adab constata caso de scrapie na Bahia


A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, confirmou mais um caso de Paraplexia Enzoótica dos Ovinos e Caprinos (Scrapie). Os sintomas da doença foram identificados em um ovino da raça Dorper em uma propriedade localizada no município de Feira de Santana. Após exames laboratoriais que confirmaram o diagnóstico o animal veio a óbito. A scrapie ataca o sistema nervoso central desses animais levando-os invariavelmente à morte.

O caso registrado na Bahia acometeu o ovino adquirido de uma fazenda que já tinham ocorridos casos de scrapie e estava em fase final de saneamento. “O fato de ter sido um macho não ofereceu maiores riscos para a ovinocaprinocultura estadual, visto que a transmissão desta enfermidade ocorre, principalmente, através da ingestão de restos da placenta de fêmeas contaminadas ou do pasto infectado com estes restos placentários” informou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), José Neder.

Scrapie é uma doença causada por um príon (proteína infectante) que ataca o sistema nervoso central em caprinos e ovinos. No Brasil a doença foi registrada pela primeira vez em 1985 no Rio Grande do Sul e, até o momento, mais 4 estados constataram casos da doença, o Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Os principais sintomas são a perda de apetite, falta de coordenação motora, prurido (coceira), movimentos repetitivos e morte. A equipe da Adab isolou imediatamente o animal doente ao ser notificada pelo médico veterinário responsável pela fazenda sobre a ocorrência de foco da Scrapie.



“A Adab vem trabalhando em conjunto com os criadores na prevenção da scrapie para manter a Bahia no primeiro lugar no ranking nacional na produção de caprinos e o segundo rebanho de ovinos” ressaltou o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal.
“A equipe da Adab encontra-se em alerta epidemiológico para esta enfermidade e pronta para atuar no controle e prevenção, por isso solicita aos criadores de ovinos e caprinos do estado que, ao perceberem animais com sintomas do scrapie, comuniquem imediatamente ao escritório da Adab mais próximo”, solicitou o coordenador do Programa Estadual de Caprinos e Ovinos, Marcello Conceição, lembrando que todos precisam fazer a sua parte, evitando prejuízos à defesa agropecuária, atividade tão importante para economia baiana.

A doença é considerada de notificação obrigatória e suas ocorrências ou suspeições devem ser imediatamente informadas às autoridades de Defesa Sanitária Animal no Estado.


Fonte: ADAB-Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
http://www.sheep101.info/201/diseasesa-z.html

Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ



Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ

Propriedades vizinhas e animais que saíram e entraram na propriedade interditada não foram diagnosticados com a doença, demonstrando se tratar de uma ocorrência pontual.


Com o objetivo de discutir o caso da doença Língua Azul identificado em propriedade rural localizada em Vassouras (RJ), fiscais federais do Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSA/Mapa) e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Ovinos e Caprinos e Semiárido se reuniram nessa quarta-feira, 7 de agosto, em Brasília (DF). Também participaram do encontro pesquisadores do Instituto Biológico de São Paulo.
Durante a reunião, foram analisados os procedimentos técnicos e como foi conduzida a investigação do caso da doença. “É importante ressaltar que todas as propriedades vizinhas e todos os animais que entraram e saíram desta propriedade foram analisados e não diagnosticados com Língua Azul”, informa o diretor do DSA, Guilherme Marques. A propriedade de Vassouras (RJ) continua interditada para a realização de estudos e análises complementares.
Os participantes da reunião foram unânimes quanto à decisão de que não há justificativa técnica ou cientifica que no momento justifique importar vacina para combater a Língua Azul. De acordo com Guilherme Marques, não seria seguro tomar essa atitude agora. “Pelo cenário clínico e epidemiológico apresentado não justifica a aquisição e distribuição de vacinas contra a doença, além do fato de não existir vacinas produzidas com cepas nacionais e a utilização das importadas que são específicas para sorotipos que ocorrem em outros países, não apresentam garantias de imunização adequada.”
Em debate sobre o índice de mortalidade dos animais na região de Vassouras, os participantes da reunião concordaram que é necessário aguardar as demais análises laboratoriais que estão sendo realizadas para identificar casos possíveis de coinfecção, ou seja, presença de mais de um agente que elevaria o nível de óbitos. “Vários sintomas desses animais como perda de peso, diminuição da produção de leite e aborto não são causados unicamente pela Língua Azul, os exames podem nos apontar outras doenças, que associadas, podem ter contribuído para o aumento no número de mortalidade”, esclarece o diretor.

domingo, 21 de julho de 2013

Inseminação artificial

Inseminação artificial por via transcervical em ovinos


Várias técnicas de manejo, em especial na reprodução, foram desenvolvidas na intenção de elevar os índices reprodutivos e produtivos dos rebanhos. A adoção delas, porém, depende do nível zootécnico do rebanho, da praticidade e dos custos.

Um dos objetivos mais cobiçados pelos produtores e técnicos tem sido a de potencializar o uso de reprodutores na propriedade. Com a monta controlada, foi possível elevar a relação macho-fêmea, mas, somente com a inseminação artificial é que se conseguiu extrapolar o objetivo. Assim, mediante o uso de sêmen congelado pode-se elevar a relação macho-fêmea de 1 para 25, para infinitas fêmeas, além de permitir imortalizar o material genético do reprodutor por gerações, vencer barreiras geográficas, e dar margens a exploração comercial desse material. No entanto, na ovinocultura, a inseminação artificial (IA) não tem atraído grandes adeptos.

Uma das razões do limitado uso da IA em ovinos deve-se aos baixos resultados obtidos após inseminação pela via transcervical. Para se elevar os índices de fertilidade foi viabilizada uma técnica a qual permite a deposição do sêmen congelado diretamente no útero, através da via laparoscópica. Esta técnica, contudo, exige equipamentos caros e mão-de-obra especializada, sendo economicamente inviável para a maioria dos rebanhos comerciais de ovinos.

Trabalhos com inseminação artificial por via transcervical apresentam os mais variados índices de fertilidade, os quais sofrem influência de diversos fatores, entre eles, o local de deposição do sêmen, a dose inseminante, o momento da inseminação, o número de inseminações por estro, o processamento do sêmen, e as características peculiares às fêmeas. Destas últimas, destacam-se as características anatômicas da cérvice na espécie, a qual se apresenta como anéis excêntricos e com reduzido diâmetro de orifício, dificultando a identificação destes e a passagem de instrumentos.



Para vencer essa barreira cervical na ovelha, vários métodos já foram testados, como o uso de agulhas modificadas, a insuflação da cérvice com CO2, o uso de fármacos como estrógeno, ocitocina, relaxina, prostaglandina, as associações destes, e técnicas cirúrgicas para remover os anéis cervicais, não apresentando nenhum dos referidos métodos índices de fertilidade compatíveis, os quais permitissem sua adoção em massa.

Pensando nessa limitação da IA em ovinos e visando obter maiores índices de deposição de sêmen no espaço intra-uterino, a equipe de reprodução da Embrapa Caprinos buscou avaliar um protocolo de inseminação, o qual consiste em fixar a cérvice, tracionar a mesma até a abertura vulvar e manipular a pipeta de IA através dos anéis cervicais. Adotou-se pipeta miniaturizada e testou-se dois métodos de contenção das fêmeas, brete e maca, bem como o efeito da administração de cloridrato de bromexina na passagem da pipeta através da cérvice, substância que supostamente facilitaria sua passagem. Entre os métodos, não se observou diferença. Obteve-se um índice considerável de passagem cervical completa nas ovelhas multíparas e primíparas (33,0%) em relação às nulíparas (0,0%), porém, os resultados de fertilidade foram baixos (19,66%), levando a acreditar que o maior empecilho para a I.A. pela via transcervical em ovelhas não seja a cérvice, isoladamente.

Neste contexto, para se elevar a taxa de fertilidade após IA por via transcervical, é necessário a associação dos protocolos de congelação de sêmen ovino a uma concentração ótima por dose inseminante. Após determinado esse parâmetro, acredita-se que será possível tornar a técnica realidade em nível de propriedade e de fato adotada na rotina.



Fonte: Adaptado de Hévila Oliveira Salles, Pesquisadora da Embrapa Caprinos.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sarna em Ovinos.



A sarna é uma parasitose causada por ácaros, que são parasitas muito pequenos, medindo menos de 1 mm.
Os caprinos, geralmente, são acometidos pela sarna auricular, conhecida como caspa do ouvido, e sarna demodécica, conhecida como bexiga, que danifica o couro do animal.

Tanto a piolheira quanto a sarna podem ser identificadas pelas reações dos animais que, quando doentes, ficam irritados, sem apetite e se coçam muito. Quem cria cabras e ovelhas sabe que um animal com doenças significa queda de produtividade, ou seja, perdas econômicas. Então os criadores de ovinos e caprinos devem examinar diariamente os animais, mantendo os parasitas sob controle.


Os animais doentes devem ser separados e tratados com sarnicida de uso tópico ou geral. Aqueles animais que, porventura, não melhorarem com a aplicação do remédio devem ser descartados do rebanho.
   



O tratamento indicado para ambas as doenças é o banho de imersão ou aspersão. O banho de aspersão consiste em pulverizar o animal; e o de imersão em mergulhar o animal em um tanque de amianto com carrapaticida diluído em água. É importante ficar atento aos animais e não deixá-los beber a solução, que pode causar-lhes intoxicação.

Somente as fêmeas que estão para parir e os animais com menos de um mês de idade devem ficar sem o tratamento. O produtor deve isolar a área onde está sendo feito o banho para que outros animais da propriedade não entrem em contato com o princípio ativo da solução do banho.




Fonte: Adaptado EMBRAPA.

terça-feira, 28 de maio de 2013

VIII Semana Acadêmica de Medicina Veterinária e I Simpósio de Pós-graduação em Ciência Animal.

A VIII Semana Acadêmica de Medicina Veterinária e o I Simpósio de Pós-graduação em Ciência Animal acontecem na UVV-ES, de 03 a 07 de junho. Ambos os eventos possuem grande expressão estadual e nacional, e recebem estudantes de todo o país.
Programação. Clique aqui.
A Semana Acadêmica da Medicina Veterinária objetiva ampliar o conhecimento dos alunos, complementar a grade curricular e promover a educação continuada, incentivando os discentes e egressos a participarem de palestras e minicursos promovidos na Instituição, ministrados por profissionais de reconhecida competência nas diversas áreas da Medicina Veterinária.

Este ano, a Semana Acadêmica chega a sua oitava edição frente à nova realidade da Universidade, e se associou ao I Simpósio de Pós-graduação com a pretensão de tornar o evento mais científico e atrativo para estudantes e profissionais de todo o país.

Além de promover palestras e discussões pertinentes a vários temas, haverá a oportunidade para envio de resumos, relato de caso e artigos de pesquisa para publicação em anais e/ou em revista científica, e apresentação de trabalhos nas formas oral e pôster.

Para participar, basta se cadastrar no site: www.vetuvv.com.br e efetuar sua inscrição. Serão 64 palestras, 17 minicursos e cinco mesas redondas. A programação completa e mais informações estão disponíveis no site do evento.

Raça Texel.



ORIGEM - A raça Texel é originária da ilha de mesmo nome, na Holanda, cujo solo é em sua maioria arenoso, sendo em parte acima e em parte abaixo do nível do mar (polder). 

A vegetação era muito pobre e os antigos ovinos aí existentes eram de pouco desenvolvimento, tardios, pequenos, não eram prolíferos, de velo leve e lã de mediana qualidade, entretanto a sua carne era magra e saborosa. Em fins do século XIX e início do século XX a ovinocultura da ilha começou a sofrer modificações. Graças ao emprêgo cada vez maior de adubação nos solos da ilha, o que veio a proporcionar melhores pastagens, a alimentação dos ovinos melhorou muito.

Por esta mesma época os criadores passaram a cruzar as antigas ovelhas locais com carneiros de raças inglesas. Segundo a tradição oral da região, provavelmente foram utilizados reprodutores Leicester, Border Leicester e Lincoln, sendo que também é provável que tenham feito algum uso de carneiros Southdow, Hampshire e Wensleydale. Entretanto, de todas as raças utilizadas, parece que a Lincoln é a que mais influenciou na formação do Texel. Depois de certo tempo de experiência de cruzamentos, os criadores voltaram a utilizar os reprodutores puros da antiga raça da ilha. Graças ao melhoramento da alimentação e mais especialmente ao trabalho bem orientado de um grupo de ovinocultores, que entre outros procedimentos empregaram um bem adequado método de seleção, surgiu na ilha uma nova raça Texel, tal como conhecemos atualmente. 

ASPECTO GERAL - Ovino de tamanho médio, tendendo para grande, muito compacto, com massas musculares volumosas e arredondadas, constituição robusta, evidenciando vigor, vivacidade e uma aptidão predominantemente carniceira. Atualmente é considerada uma raça de carne e lã, pois a par de uma carcaça de ótima qualidade e peso produz ainda apreciável quantidade de lã. 

CABEÇA - Forte, larga ao nível do crânio, completamente livre de lã, e coberta de pêlos brancos, curtos e sem brilho. O comprimento da cabeça (da ponta do nariz à nuca) deve medir aproximadamente 1,5 vezes a maior largura quando observada de lado. Arcadas orbitais salientes e olhos vivos e bem afastados. Orelhas grandes, inseridas altas, com o pavilhão voltado para a frente e as extremidades levemente projetadas para a frente e um pouco acima da linha de inserção, completamente livres de lã mas coberta de pêlos brancos, curtos e sem brilho. As mucosas nasais, pele entre as narinas, lábios e bordo das pálpebras devem ter pigmentação escura, preferencialmente preta. São admissíveis pequenas pintas nítidas de cor preta nas orelhas e pálpebras Mocha em ambos os sexos. 

PESCOÇO - Curto, musculoso, arredondado, bem inserido no corpo e sem estrangulamento na sua inserção com a cabeça. 

CORPO - O corpo tem uma estrutura maciça, não muito comprido, sem no entanto dar ao animal uma aparência de petição. As paletas são carnudas e bem afastadas, terminando em uma cernelha larga. Dorso, lombo e garupa são largos e nivelados. A garupa é volumosa e bem nivelada. Os quartos são grandes, carnudos e arredondados, com entrepernas profundos e garrões bem afastados. Um dos pontos notáveis da raça é o posterior que visto por trás tem o formato de um "U" grande e invertido. A cola é bem revestida de lã, devendo ser larga e ter um comprimento que não ultrapasse o garrão. 

MEMBROS - Fortes, de comprimento proporcional ao corpo, ossos de bom diâmetro e bem aprumados. A sua estrutura deve harmonizar-se com a robustez do corpo e evidenciar a sua capacidade de suportar um grande peso. Os cascos são bem conformados e pretos. 

VELO - De pouca extensão, deixando completamente sem lã a cabeça e os membros dos joelhos e garrões para baixo. Geralmente nem chega a altura dos joelhos e garrões. Cobre bem a barriga. Atinge em média 5 Kg de peso, mechas tem poucas ondulações e terminações com alguma ponta. 

Là- O diâmetro médio das fibras de lã varia de 27 a 30 micrômetros, o que na Norma Brasileira de Classificação da Lã Suja equivale as finuras CRUZA 1 e CRUZA 2. A lã é branca com uma suarda um pouco cremosa, com rendimento ao lavado de 60%. 

APTIDÕES 
- Rústica e sóbria, produzindo bem no sistema extensivo e semi intensivo. 
- Produz um ótima carcaça, com gordura muito reduzida. 
- Precoce. Em condições de pastagens, entre os 30 e 90 dias de idade, os cordeiros machos tem ganhos de peso médio diário de 300g e as fêmeas de 275gramas. Aos 70 dias de idade machos bem formados atingem 27 Kg e as fêmeas 23 Kg. 
- Prolífera, pois atinge índices de nascimento de 160%, tendo atingido na França índices de 190 até 200%. 
- Os carneiros atingem pesos de 110 a 120 Kg e as fêmeas adultas 80 a 90 Kg, já tendo ultrapassado tais pesos, os carneiros tratados já atingiram 160 Kg e as ovelhas também tratadas, já atingiram mais de 100 Kg. 

DEFEITOS DESCLASSIFICATÓRIOS 
- Presença de chifres 
- Aprumos defeituosos que prejudiquem a performance 
- Constituição débil 
- Manchas ou fibras pretas no velo 
- Manchas pretas na região de pêlos não deve ultrapassar os 15 milímetros de diâmetro 
- Velos muito grosseiros, com muitas fibras meduladas 
- Malformações bucais

Fonte:http://www.arcoovinos.com.br

terça-feira, 7 de maio de 2013

RAÇA: White Dorper.


White Dorper




ORIGEM - A raça White Dorper, inicialmente chamada de “Dorsian”, teve origem na seleção feita por alguns criadores a partir de ovinos brancos obtidos do cruzamento entre o Dorset Horn x Blackhead Persian ou entre o Dorset Horn x Van Rooy. Inicialmente foi criada uma associação exclusiva da raça, mas em 1964 esta se uniu a Associação de Criadores de Dorper, formando uma única associação onde o tipo da raça é o mesmo exceto no quesito cor.

ASPECTO GERAL
 - O ovino White Dorper deve ser simétrico e bem proporcionado (balanceado), com temperamento calmo e uma aparência vigorosa. A impressão geral deve ser a de um ovino robusto e bem musculoso. O White Dorper, como o Dorper, foi criado com o único propósito de produzir carne o mais eficientemente possível, sob variadas e mesmo desfavoráveis condições ambientais.

CABEÇA 
A cabeça de forma triangular deve ser forte, longa, com olhos distanciados protegidos por pele grossa. As narinas devem ser bem abertas, boca forte, maxilares fortes e bem posicionados. A testa não deve ser côncava. O chanfro semi convexo é o ideal, evidenciando-se a presença de rugas nos machos. As orelhas devem ser de tamanho medianoimplantadas horizontalmente e o pavilhão voltado para a frente. Os machos podem ser mochos ou aspados, sendo que os chifres grandes e pesados são indesejáveis.

PESCOÇO E QUARTO DIANTEIRO
 - O pescoço deve ser de comprimento médio, largo, bem inserido no quarto dianteiro. As paletas devem ser largas e musculosas, paralelas entre si e bem ligadas ao corpo. Um peito moderadamente largo, profundo e ligeiramente proeminente em relação as paletas é o ideal. Os membros anteriores devem ter boa constituição, bem posicionados em relação ao corpo, com bons aprumos e quartelas com adequada inclinação.

TRONCO
 (BARRIL)- O tronco deve ser longo, profundo e largo, com costelas bem arqueadas e lombo largo e volumoso. A linha dorso-lombar deve ser longa e plana, admitindo-se ligeira depressão atrás das paletas.
O tronco deve ser longo, profundo e largo, com costelas bem arqueadas e lombo largo e volumoso. A linha dorso-lombar deve ser longa e plana, admitindo-se ligeira depressão atrás das paletas.
QUARTO TRASEIRO - Deve ser musculoso, com entrepernas largos e profundos. A garupa deve ser larga e longa. Os membros traseiros devem ser fortes, bem aprumados e distanciados entre si.

DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA -Uma fina camada de gordura distribuída uniformemente sobre a carcaça e entre fibras musculares é o desejado. Demasiado acúmulo de gordura localizada em qualquer parte do corpo é considerado defeito.

PADRÃO DE COR - Ovino branco com 100% de pigmentação (preto ou marrom) nas pálpebras dos olhos e com alguma indicação de pigmentação no ânus, na vulva e cascos. Considerando uma linha imaginária (linha baixa) que passa abaixo dos joelhos, da linha ventral e dos jarretes, somando-se as regiões da cabeça e pescoço, admitem-se manchas vermelhas ou marrons cuja soma não ultrapasse 10 cm de diâmetro. Um número limitado de pintas (tamanho de 02 mm) pretas, marrons ou vermelhas é aceito desde que se limitem a cabeça, pescoço e linha baixa. Cílios marrons ou vermelhos são aceitos, bem como 25% de pigmentação nas pálpebras de um ou ambos os olhos.

PELO E Là- Quanto a cobertura do corpo a raça é classificada como semi-lanada. Na parte superior do corpo apresenta uma mescla de pelo e lã, enquanto na região ventral e membros predominam pelos curtos, lisos e macios.

APTIDÕES -

Produção de carne;
- Adaptabilidade;
- Boa Habilidade Materna;
- Maturidade Sexual: o primeiro cio manifesta-se a partir dos 06 meses de idade;
- Prolificidade: o número de cordeiros nascidos por ovelha parida tem variado de 1,1 a 1,7;
- Fertilidade: a taxa varia de 75% a 97%;
- Peso vivo: é de rápido crescimento, atingindo em média na idade adulta peso vivo de 70kg para fêmeas e 110kg para machos;
- Pele: grande aceitabilidade pela indústria.

DEFEITOS ELIMINATÓRIOS
- Animais extremamente grandes ou extremamente pequenos;
- Defeitos de aprumos e/ou de constituição (cifose, lordose ou escoliose) que prejudiquem a funcionalidade ou a produção;
- Constituição débil;
- Pouca massa muscular;
- Prognatismo e/ou retroagnatismo;
- Criptorquidismo, monorquidismo, hipoplasia testicular, acentuada assimetria testicular, bolsa escrotal bipartida (acima de 1,5 cm);
- Acentuada depressão na linha dorso-lombar;
- Olho azul (total ou manchado);
- Manchas pretas, marrons ou vermelhas no corpo, no pescoço e no quarto dianteiro não são admitidas;
- Pelos grossos e duros na região do pescoço;
- Excesso de lã por todo o corpo;
- Macho que a partir dos 08 meses apresente a linha média horizontal dos testículos abaixo da linha dos jarretes. 






RAÇA: DORPER


Dorper




ORIGEM - Devido ao excesso de produção de ovinos de corte durante os anos de 1930, que não podiam ser consumidos localmente nem exportados devido às suas pobres qualidades de carcaça, tornou-se evidente a necessidade de uma nova raça de ovinos de corte que pudesse produzir uma carcaça de qualidade elevada nas áreas mais secas da África do Sul. Através da importação de carneiros de raças de corte que eram cruzados com ovelhas deslanadas nativas ou mesmo ovelhas da raça Merino, foram feitas várias pesquisas que apesar de obterem uma carcaça de qualidade, perdia-se em adaptabilidade, característica importante para as condições de criação do país. Em 1942, começa a se desenvolver uma nova raça a partir do cruzamento de carneiros Dorset Horn com ovelhas Blackhead Persian, seguindo critérios de seleção específicos para o tipo de animal desejado. Em 1950 durante uma reunião entre criadores e alguns técnicos em ovinocultura, é feita a escolha do nome da nova raça: DORPER, que é a composição das primeiras silabas dos nomes das raças formadoras DORset Horn e PERsian. Nesta mesma reunião, é fundada a Associação de Criadores de Dorper da África do Sul.

ASPECTO GERAL - O ovino Dorper deve ser simétrico e bem proporcionado (balanceado), com temperamento calmo e uma aparência vigorosa. A impressão geral deve ser a de um ovino robusto e bem musculoso. O Dorper foi criado com o único propósito de produzir carne o mais eficientemente possível, sob variadas e mesmo desfavoráveis condições ambientais.CABEÇA A cabeça de forma triangular deve ser forte, longa, com olhos distanciados protegidos por pele grossa. As narinas devem ser bem abertas, boca forte, maxilares fortes e bem posicionados. A testa não deve ser côncava. O chanfro semi convexo é o ideal, evidenciando-se a presença de rugas nos machos. As orelhas devem ser de tamanho mediano implantadas horizontalmente e o pavilhão voltado para a frente. A cabeça deve ser coberta por pelos curtos e negros. O selo nasal, lábios e pálpebras devem ser pretos. Os machos podem ser mochos ou aspados, sendo que os chifres grandes e pesados são indesejáveis.



PESCOÇO E QUARTO DIANTEIRO
 - O pescoço deve ser de comprimento médio, largo, bem inserido no quarto dianteiro. As paletas devem ser largas e musculosas, paralelas entre si e bem ligadas ao corpo. Um peito moderadamente largo, profundo e ligeiramente proeminente em relação as paletas é o ideal. Os membros anteriores devem ter boa constituição, bem posicionados em relação ao corpo, com bons aprumos e quartelas com adequada inclinação.


TRONCO
 (BARRIL)- O tronco deve ser longo, profundo e largo, com costelas bem arqueadas e lombo largo e volumoso. A linha dorso-lombar deve ser longa e plana, admitindo-se ligeira depressão atrás das paletas.


QUARTO TRASEIRO - Deve ser musculoso, com entrepernas largos e profundos. A garupa deve ser larga e longa. Os membros traseiros devem ser fortes, bem aprumados e distanciados entre si.

DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA -Uma fina camada de gordura distribuída uniformemente sobre a carcaça e entre fibras musculares é o desejado. Demasiado acúmulo de gordura localizada em qualquer parte do corpo é considerado defeito.

PADRÃO DE COR - Ovino branco com a cabeça preta e com 100% de pigmentação no ânus, na vulva e nos cascos. Considerando uma linha imaginária (linha baixa) que passa abaixo dos joelhos, da linha ventral e dos jarretes, admitem-se manchas cuja soma não ultrapasse 10 cm de diâmetro, bem como manchas de 10 x 20 cm no prepúcio ou vulva e períneo. O quarto dianteiro pode ser negro ou com manchas pretas desde que não ultrapasse a linha imaginaria que passa atrás da paleta e o peito para além deste mesmo ponto. Na área do joelho admite-se mancha de até 10 cm, desde que não esteja conectada ao capuz (cor preta que cobre a cabeça, pescoço e paletas). Manchas ou mais de duas pintas (tamanho de 02 mm) pretas acima da linha baixa e após a linha da paleta não são admitidas. A cor branca na cabeça é permitida desde que a mesma não separe completamente a cor preta em duas partes, admitindo-se até 49% de branco somando-se as duas orelhas.

PELO E Là- Quanto a cobertura do corpo a raça é classificada como semi-lanada. Na parte superior do corpo apresenta uma mescla de pelo e lã, enquanto na região ventral e membros predominam pelos curtos, lisos e macios.

APTIDÕES -

- Produção de carne;
- Adaptabilidade;
- Boa Habilidade Materna;
- Maturidade Sexual: o primeiro cio manifesta-se a partir dos 06 meses de idade;
- Prolificidade: o número de cordeiros nascidos por ovelha parida tem variado de 1,1 a 1,7;
- Fertilidade: a taxa varia de 75% a 97%;
- Peso vivo: é de rápido crescimento, atingindo em média na idade adulta peso vivo de 70kg para fêmeas e 110kg para machos;
- Pele: grande aceitabilidade pela indústria.

DEFEITOS ELIMINATÓRIOS

- Animais extremamente grandes ou extremamente pequenos;
Defeitos de aprumos e/ou de constituição (cifose, lordose ou escoliose) que prejudiquem a funcionalidade ou a produção;
- Constituição débil;
- Pouca massa muscular;
- Prognatismo e/ou retroagnatismo;
- Criptorquidismo, monorquidismo, hipoplasia testicular, acentuada assimetria testicular, bolsa escrotal bipartida (acima de 1,5 cm);
- Acentuada depressão na linha dorso-lombar;
- Olho azul (total ou manchado);
- Excesso de marrom em volta dos olhos ou nas áreas de cor preta;
- Pelos grossos e duros na região do pescoço;
- Excesso de lã por todo o corpo;
- Macho que a partir dos 08 meses apresente a linha média horizontal dos testículos abaixo da linha dos jarretes. 







terça-feira, 16 de abril de 2013

KIT DE ORDENHA DA EMBRAPA: PRODUÇÃO DE LEITE COM QUALIDADE


Estudos desenvolvidos pela Embrapa Gado de Leite mostram que a utilização adequada do kit pode reduzir o índice de contagem bacteriana entre 40% e 85%


A Instrução Normativa Nº51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabelece os parâmetros para a produção de leite com qualidade. Neste contexto, a médica veterinária da Embrapa Rondônia, Fernanda Ferreira, enfatiza a importância da ordenha de qualidade com o cuidado adequado para o controle da mastite e para evitar os principais pontos de contaminação do leite. “O kit Embrapa de ordenha manual, uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, é uma alternativa aos pequenos produtores para produzir leite de qualidade”, diz.
A utilização do kit pode auxiliar na redução dos casos de mastite na propriedade. “A contagem bacteriana costuma ser alta na ordenha manual por causa da adoção de procedimentos incorretos, sem a adequada higiene dos tetos da vaca e também dos utensílios utilizados e das mãos dos ordenhadores”, explica Fernanda.
Estudos desenvolvidos pela Embrapa Gado de Leite mostram que a utilização adequada do kit pode reduzir o índice de contagem bacteriana entre 40% e 85%. Ele pode ser comprado em lojas agropecuárias num valor em torno de R$ 150, com uma manutenção mensal de R$ 15.

Fonte: embrapa

VIII CONGRESO LATINOAMERICANO DE ESPECIALISTAS EN PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMÉLIDOS SUDAMERICANOS






VIII CONGRESO LATINOAMERICANO DE ESPECIALISTAS EN PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMÉLIDOS SUDAMERICANOS realizar-se-á na Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande, MS, nos dias 16 a 18 de maio de 2013, com o intuito de troca de experiências e informações científicas entre especialistas em pequenos ruminantes e camelídeos, dentro da América Latina, no sentido de fomentar um crescimento destas espécies animais, de importância econômica marcante nesta região.
A Asociación Latinoamericana de Especialistas en Pequeños Rumiantes y Camélidos Sudamericanos (ALEPRYCS) foi criada em Montevidéo, Uruguai, em 1999. Suas ações envolvem a participação de alguns dos grupos de investigação membros da ALEPRYCS na Red CYTED XIX.D, a criação da Red Electrónica de Discusión ALEPRYCS, a organização de eventos latino-americanos da especialidade no Uruguai (Montevidéo – 1999), no México (Merida – 2001), no Chile (Viña del Mar – 2003), no Brasil (Curitiba – 2005; Gramado – 2006), na Argentina (Mendoza – 2007) e no Peru (Huancavelica – 2011) e a organização de eventos regionais da especialidade no Uruguai (1999), na Argentina (2000) e no Brasil (2005).
Os países membros são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Uruguai, Venezuela.
No último evento, em Huancavelica – Peru decidiu-se pela realização do próximo evento no Brasil, ano de 2013. Como já havia sido anteriormente realizado em Curitiba, com outro evento de menor porte no Rio Grande do Sul, optou-se por outra região do país. O Centro-Oeste vem apresentando crescimento na criação de ovinos já há alguns anos e, hoje, tem projetos de implementação de caprinocultura com fins comerciais.

Acesse o site: http://cloud.cnpgc.embrapa.br/clprcs2013/

terça-feira, 19 de março de 2013

Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos - PNSCO





Evoluindo de criações voltadas para a subsistência, hoje a expansão do agronegócio da caprinovinocultura está transformando o cenário produtivo no Brasil. O mercado vem crescendo rapidamente, exigindo uma maior preocupação com aspectos sanitários. A produção de caprinos e ovinos deve ser fundamentada em sistemas de exploração que possam garantir melhores condições sanitárias para estes animais, através de medidas de biosegurança e de exames diagnósticos confiáveis e acessíveis.
Através da Instrução Normativa Nº 87 da Secretaria de Defesa Agropecuária, de 10 de dezembro de 2004, foi aprovado o Regulamento Técnico do PNSCO. O controle e erradicação das doenças de caprinos e ovinos, por meio de ações sanitárias e de vigilância epidemiológica definidas pelo DDA e executadas pelos serviços oficiais e médicos veterinários cadastrados, estão entre os objetivos do Programa.
Dentre as estratégias de atuação, serão destacadas: o cadastro de estabelecimentos, o controle de trânsito de animais, a certificação de estabelecimentos, o cadastramento de Médicos Veterinários do setor privado e o credenciamento de laboratórios para realização de exames diagnósticos das doenças de controle oficial.
Atualmente, o PNSCO encontra-se em fase de estruturação. Foi formado um Comitê Técnico Científico, composto de profissionais dos diversos setores da caprino e ovinocultura, com o objetivo de dar suporte técnico as decisões do Programa. As propostas sanitárias estão em fase de conclusão e estão sendo disponibilizadas por meio de Consulta Pública, de maneira a permitir a participação de todos setores interessados.
· Legislação em consulta pública.
· Responsáveis do PNSCO nos Estados;
· Doenças contempladas inicialmente em ações do PNSCO;
· Apresentação da proposta sanitária (slides).
Composição do Comitê Técnico Científico do PNSCO:
· Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento - Universidade Federal Fluminense;
· Dr. Fernando Ferreira - Universidade de São Paulo;
· Dr. Francisco Selmo F. Alves - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária;
· Dr. Gesseraldo José G. de Souza - Delegacia Federal de Agricultura do Estado da Paraíba;
· Dra. Isabel Cristine Silveira de Oliveira - Departamento de Defesa Animal - MAPA;
· Dr. Luiz Alberto Oliveira Ribeiro - Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
· Dr. Marcelo de Andrade Mota - Departamento de Defesa Animal - MAPA;
· Dr. Otavio Diniz - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo;
· Dr. Roberto Soares de Castro - Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Responsável pelo PNSCO
Dr. Marcelo de Andrade Mota
Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco D, anexo A, sala 334.
CEP: 70.043-900 Brasília - DF
Tel: +55 (61) 218-2735
Fax: +55 (61) 224-4180
E-mail: 
pnsco@agricultura.gov.br
Clique aqui e  veja também a  Instrução normativa nº 20, de 15 de agosto 2005 -Procedimentos Para Operacionalização do Cadastro Sanitário de Estabelecimentos de Criação de Caprinos e Ovinos


Fonte: www.agricultura.gov.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quanto vale o nosso cordeiro?






A partir da excelente pergunta de nosso amigo Luiz e sua “provocação” para discutirmos o posicionamento de nosso produto, ovino, diante da demanda eminente de alimentos para os próximos 40 anos. Mas antes acho que cabe outra pergunta: “Quanto vale um cordeiro hoje?”. Temos uma demanda enorme por carne de cordeiro, seja Dorper ou de qualquer outra raça e nós não conseguimos supri-la e muito pouco ampliar a nossa produção. O Zebu que você muito bem usou como trampolim para essas perguntas, se posicionou anos atrás como raça mãe do rebanho bovino nacional e hoje a associação é uma potencia e as raças Zebuínas responsáveis por mais de 80% das matrizes de campo no país.


Comparando o potencial produtivo, por área,  dos bovinos com os ovinos e utilizando o gancho da escassez de alimentos, aumento da população e diminuição (ou estagnação) das áreas de agricultura e principalmente da pecuária, temos diante de nossos olhos uma oportunidade ímpar para os ovinos. Nossa cadeia é curta de nove a doze meses temos um ciclo completo de produção (estação de monta, gestação e abate). Já os bovinos, em condições normais são 4 anos de ciclo.




Costumo brincar nos comparativos que faço: Se inseminamos uma vaca e uma ovelha no mesmo dia, e ambas emprenharem, no dia que o bezerro nascer, poderemos comer o cordeiro para comemorar. Agora falando sério, com um ciclo médio de 10 meses (ovinos) X 48 meses (bovinos), teremos ao final de um ciclo do boi gordo 4,8 ciclos de cordeiros. Um boi gordo precisará de 1 ha a sua disposição para ser abatido com 16@, enquanto na mesma área podemos terminar 12 cordeiros ou mais por ciclo.

Ou seja, ao final dos 4,8 ciclos são 57,6 cordeiros de aproximadamente 20 Kg de carcaça limpa, que são 1152 Kg de carne na mesma área e no mesmo período que produzimos 240 Kg de carne bovina. Com os preços médios de São Paulo hoje: Um boi gordo de 16@ vale R$ 1536,00 (R$96,00/@ Araçatuba-SP em 22/01), já o cordeiro vale em média a R$ 10,00/Kg ( FZEA/ESALQ , 22/01) o que renderia R$ 11520,00 no mesmo período e na mesma área. Fiz umas contas rápidas que podem sofrer variações de acordo com a região ou com o sistema de produção, mas com certeza não fugirão muito disso. Isso também sem considerar na ovinocultura o uso de tecnologias que podem nos tornar muito mais eficiente, nos ciclos de produção, na reprodução, taxa de lotação, terminação, etc. Ou seja, esses números ainda têm muito para melhorar.


Melhor momento e melhores perspectivas que essas para irmos para o campo produzir carne de cordeiro, não há. Temos 200 milhões de habitantes que consomem 140 mil ton. de cordeiro por ano, disso 60% é de origem importada, não produzimos e não ganhamos por isso e tem alguém ganhando em nosso lugar. 

É hora de partir para o campo produzir e mostrar quanto vale o nosso cordeiro!

Fonte:http://www.altagenetics.com.br/novo/noticias/Ler.aspx?nID=1078

Parasitas de Ovinos estão mais resistentes à vermífugos.



A verminose, principal doença que afeta a ovinocultura no Estado de São Paulo, está cada vez mais difícil de ser controlada. Com a falta de monitoramento através de exames periódicos e com vermifugações aleatórias há uma maior tendência ao aparecimento de vermes resistentes aos produtos químicos para seu combate.
A pesquisadora do Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, Cecília José Veríssimo, alerta aos criadores sobre a importância de exames de fezes preventivos para se obter um diagnóstico preciso e combater o problema com o medicamento correto e eficaz. Através do exame de fezes realizado antes e uma semana depois da vermifugação, o produtor terá condições de monitorar a resistência do verme e, a partir daí, aplicar o vermífugo mais eficiente à sua propriedade.
Com o resultado do exame poderá saber o grau da infecção e os tipos de vermes que estão parasitando os ovinos e, assim, utilizar o produto químico específico para o controle dos parasitas que infestam o rebanho. Além da monitorização da verminose através de exames de fezes, medidas de manejo dos animais e da pastagem também ajudam a controlar os parasitos no meio ambiente.
A pesquisadora do IZ cita como medida preventiva a ser utilizada pelo criador a rotação dos animais em piquetes, onde poderão permanecer no máximo 12 dias em cada piquete, deixando-o pelo menos 35 dias em descanso. O pastejo integrado ou alternado com bovinos adultos, até mesmo com eqüinos, e a rotação pasto-cultura são outros procedimentos indicados.
As fêmeas devem ser vermifugadas pelo menos 30 dias antes da parição. Logo após o parto poderão ser confinadas junto com as crias, durante o período da lactação, cerca de 60 dias. Os cordeiros também ficam confinados, antes e após o desmame, sendo progressivamente soltos nos pastos com a idade de seis meses. As ovelhas em lactação e os cordeiros desmamados, considerados categorias mais suscetíveis à verminose, deverão ter atenção especial.

Parasitose

Os vermes mais patogênicos que causam maior mortalidade nos rebanhos pertencem aos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus. Os parasitos se alimentam de sangue causando a anemia. Os animais ficam com as mucosas pálidas como se estivessem sem sangue. A falta de hemácias –células sangüíneas que dão cor vermelha ao sangue e são as responsáveis por carregar o oxigênio e o gás carbônico por todo o organismo-, leva à falência vários órgãos vitais acarretando rapidamente a morte do animal.
Outro sintoma que aparece em conseqüência à parasitose é o edema submandibular, um inchaço que aparece na mandíbula inferior, vulgarmente conhecido como "papeira".
Essas espécies de helmintos localizam-se, preferencialmente, no abomaso –o último dos quatro estômagos do ruminante-, e podem adquirir, em pouco tempo, resistência aos anti-helmínticos. É por esse motivo que deve haver um acompanhamento através de exames rotineiros de fezes para saber a eficácia do vermífugo que está sendo utilizado na propriedade.
O Instituto de Zootecnia, através do Laboratório de Ambiência Animal, além de outras instituições de ensino e pesquisa na área Veterinária, realiza o exame de fezes com um custo pequeno e gerando muitos benefícios ao produtor.
Exames no rebanho

O proprietário deverá realizar a coleta das fezes no dia da vermifugação e sete dias após a dosagem, além de monitoramento mensal ou bimensal. A pesquisadora Cecília orienta para os seguintes procedimentos:
  • coletar as fezes em 10% a 20% de animais de cada categoria do rebanho (jovens e adultos), dando preferência para coletar dos mais magros e de pior aparência;
  • coletar diretamente do ânus do animal, com um saco plástico, vestindo-o como uma luva;
  • fechar e identificar o saquinho com o número ou nome do animal, ou ainda com o lote ou categoria pertencente;
  • encaminhar para o laboratório, no mesmo dia, acondicionado em isopor com gelo. Para evitar o contato direto das fezes com o gelo coloque uma folha de jornal entre eles;
  • lacrar o isopor e identificar o proprietário dos animais com o nome, endereço e telefone para contato, além de incluir as informações sobre a última data de vermifugação e o nome do produto utilizado;


    Assessoria de Imprensa – Lisley de Cássia Silvério – Fone 466.9434


    Maiores informações no Laboratório de Ambiência Animal do IZ, com a pesquisadora Cecília José Veríssimo, na rua Heitor Penteado, Nº 56, centro, Nova Odessa. Os telefones para contato direto são (019) 466-9427 ou 466-9431.