segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quanto vale o nosso cordeiro?






A partir da excelente pergunta de nosso amigo Luiz e sua “provocação” para discutirmos o posicionamento de nosso produto, ovino, diante da demanda eminente de alimentos para os próximos 40 anos. Mas antes acho que cabe outra pergunta: “Quanto vale um cordeiro hoje?”. Temos uma demanda enorme por carne de cordeiro, seja Dorper ou de qualquer outra raça e nós não conseguimos supri-la e muito pouco ampliar a nossa produção. O Zebu que você muito bem usou como trampolim para essas perguntas, se posicionou anos atrás como raça mãe do rebanho bovino nacional e hoje a associação é uma potencia e as raças Zebuínas responsáveis por mais de 80% das matrizes de campo no país.


Comparando o potencial produtivo, por área,  dos bovinos com os ovinos e utilizando o gancho da escassez de alimentos, aumento da população e diminuição (ou estagnação) das áreas de agricultura e principalmente da pecuária, temos diante de nossos olhos uma oportunidade ímpar para os ovinos. Nossa cadeia é curta de nove a doze meses temos um ciclo completo de produção (estação de monta, gestação e abate). Já os bovinos, em condições normais são 4 anos de ciclo.




Costumo brincar nos comparativos que faço: Se inseminamos uma vaca e uma ovelha no mesmo dia, e ambas emprenharem, no dia que o bezerro nascer, poderemos comer o cordeiro para comemorar. Agora falando sério, com um ciclo médio de 10 meses (ovinos) X 48 meses (bovinos), teremos ao final de um ciclo do boi gordo 4,8 ciclos de cordeiros. Um boi gordo precisará de 1 ha a sua disposição para ser abatido com 16@, enquanto na mesma área podemos terminar 12 cordeiros ou mais por ciclo.

Ou seja, ao final dos 4,8 ciclos são 57,6 cordeiros de aproximadamente 20 Kg de carcaça limpa, que são 1152 Kg de carne na mesma área e no mesmo período que produzimos 240 Kg de carne bovina. Com os preços médios de São Paulo hoje: Um boi gordo de 16@ vale R$ 1536,00 (R$96,00/@ Araçatuba-SP em 22/01), já o cordeiro vale em média a R$ 10,00/Kg ( FZEA/ESALQ , 22/01) o que renderia R$ 11520,00 no mesmo período e na mesma área. Fiz umas contas rápidas que podem sofrer variações de acordo com a região ou com o sistema de produção, mas com certeza não fugirão muito disso. Isso também sem considerar na ovinocultura o uso de tecnologias que podem nos tornar muito mais eficiente, nos ciclos de produção, na reprodução, taxa de lotação, terminação, etc. Ou seja, esses números ainda têm muito para melhorar.


Melhor momento e melhores perspectivas que essas para irmos para o campo produzir carne de cordeiro, não há. Temos 200 milhões de habitantes que consomem 140 mil ton. de cordeiro por ano, disso 60% é de origem importada, não produzimos e não ganhamos por isso e tem alguém ganhando em nosso lugar. 

É hora de partir para o campo produzir e mostrar quanto vale o nosso cordeiro!

Fonte:http://www.altagenetics.com.br/novo/noticias/Ler.aspx?nID=1078

Parasitas de Ovinos estão mais resistentes à vermífugos.



A verminose, principal doença que afeta a ovinocultura no Estado de São Paulo, está cada vez mais difícil de ser controlada. Com a falta de monitoramento através de exames periódicos e com vermifugações aleatórias há uma maior tendência ao aparecimento de vermes resistentes aos produtos químicos para seu combate.
A pesquisadora do Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, Cecília José Veríssimo, alerta aos criadores sobre a importância de exames de fezes preventivos para se obter um diagnóstico preciso e combater o problema com o medicamento correto e eficaz. Através do exame de fezes realizado antes e uma semana depois da vermifugação, o produtor terá condições de monitorar a resistência do verme e, a partir daí, aplicar o vermífugo mais eficiente à sua propriedade.
Com o resultado do exame poderá saber o grau da infecção e os tipos de vermes que estão parasitando os ovinos e, assim, utilizar o produto químico específico para o controle dos parasitas que infestam o rebanho. Além da monitorização da verminose através de exames de fezes, medidas de manejo dos animais e da pastagem também ajudam a controlar os parasitos no meio ambiente.
A pesquisadora do IZ cita como medida preventiva a ser utilizada pelo criador a rotação dos animais em piquetes, onde poderão permanecer no máximo 12 dias em cada piquete, deixando-o pelo menos 35 dias em descanso. O pastejo integrado ou alternado com bovinos adultos, até mesmo com eqüinos, e a rotação pasto-cultura são outros procedimentos indicados.
As fêmeas devem ser vermifugadas pelo menos 30 dias antes da parição. Logo após o parto poderão ser confinadas junto com as crias, durante o período da lactação, cerca de 60 dias. Os cordeiros também ficam confinados, antes e após o desmame, sendo progressivamente soltos nos pastos com a idade de seis meses. As ovelhas em lactação e os cordeiros desmamados, considerados categorias mais suscetíveis à verminose, deverão ter atenção especial.

Parasitose

Os vermes mais patogênicos que causam maior mortalidade nos rebanhos pertencem aos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus. Os parasitos se alimentam de sangue causando a anemia. Os animais ficam com as mucosas pálidas como se estivessem sem sangue. A falta de hemácias –células sangüíneas que dão cor vermelha ao sangue e são as responsáveis por carregar o oxigênio e o gás carbônico por todo o organismo-, leva à falência vários órgãos vitais acarretando rapidamente a morte do animal.
Outro sintoma que aparece em conseqüência à parasitose é o edema submandibular, um inchaço que aparece na mandíbula inferior, vulgarmente conhecido como "papeira".
Essas espécies de helmintos localizam-se, preferencialmente, no abomaso –o último dos quatro estômagos do ruminante-, e podem adquirir, em pouco tempo, resistência aos anti-helmínticos. É por esse motivo que deve haver um acompanhamento através de exames rotineiros de fezes para saber a eficácia do vermífugo que está sendo utilizado na propriedade.
O Instituto de Zootecnia, através do Laboratório de Ambiência Animal, além de outras instituições de ensino e pesquisa na área Veterinária, realiza o exame de fezes com um custo pequeno e gerando muitos benefícios ao produtor.
Exames no rebanho

O proprietário deverá realizar a coleta das fezes no dia da vermifugação e sete dias após a dosagem, além de monitoramento mensal ou bimensal. A pesquisadora Cecília orienta para os seguintes procedimentos:
  • coletar as fezes em 10% a 20% de animais de cada categoria do rebanho (jovens e adultos), dando preferência para coletar dos mais magros e de pior aparência;
  • coletar diretamente do ânus do animal, com um saco plástico, vestindo-o como uma luva;
  • fechar e identificar o saquinho com o número ou nome do animal, ou ainda com o lote ou categoria pertencente;
  • encaminhar para o laboratório, no mesmo dia, acondicionado em isopor com gelo. Para evitar o contato direto das fezes com o gelo coloque uma folha de jornal entre eles;
  • lacrar o isopor e identificar o proprietário dos animais com o nome, endereço e telefone para contato, além de incluir as informações sobre a última data de vermifugação e o nome do produto utilizado;


    Assessoria de Imprensa – Lisley de Cássia Silvério – Fone 466.9434


    Maiores informações no Laboratório de Ambiência Animal do IZ, com a pesquisadora Cecília José Veríssimo, na rua Heitor Penteado, Nº 56, centro, Nova Odessa. Os telefones para contato direto são (019) 466-9427 ou 466-9431.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Crescimento da Ovinocultura.





Finalmente vejo um crescimento concreto na ovinocultura brasileira, cortes de cordeiros nos supermercados da Grande Vitória no ES não provenientes do Uruguay ou outro pais, e sim de uma empresa nacional.