segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Adab constata caso de scrapie na Bahia


A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, confirmou mais um caso de Paraplexia Enzoótica dos Ovinos e Caprinos (Scrapie). Os sintomas da doença foram identificados em um ovino da raça Dorper em uma propriedade localizada no município de Feira de Santana. Após exames laboratoriais que confirmaram o diagnóstico o animal veio a óbito. A scrapie ataca o sistema nervoso central desses animais levando-os invariavelmente à morte.

O caso registrado na Bahia acometeu o ovino adquirido de uma fazenda que já tinham ocorridos casos de scrapie e estava em fase final de saneamento. “O fato de ter sido um macho não ofereceu maiores riscos para a ovinocaprinocultura estadual, visto que a transmissão desta enfermidade ocorre, principalmente, através da ingestão de restos da placenta de fêmeas contaminadas ou do pasto infectado com estes restos placentários” informou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), José Neder.

Scrapie é uma doença causada por um príon (proteína infectante) que ataca o sistema nervoso central em caprinos e ovinos. No Brasil a doença foi registrada pela primeira vez em 1985 no Rio Grande do Sul e, até o momento, mais 4 estados constataram casos da doença, o Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Os principais sintomas são a perda de apetite, falta de coordenação motora, prurido (coceira), movimentos repetitivos e morte. A equipe da Adab isolou imediatamente o animal doente ao ser notificada pelo médico veterinário responsável pela fazenda sobre a ocorrência de foco da Scrapie.



“A Adab vem trabalhando em conjunto com os criadores na prevenção da scrapie para manter a Bahia no primeiro lugar no ranking nacional na produção de caprinos e o segundo rebanho de ovinos” ressaltou o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal.
“A equipe da Adab encontra-se em alerta epidemiológico para esta enfermidade e pronta para atuar no controle e prevenção, por isso solicita aos criadores de ovinos e caprinos do estado que, ao perceberem animais com sintomas do scrapie, comuniquem imediatamente ao escritório da Adab mais próximo”, solicitou o coordenador do Programa Estadual de Caprinos e Ovinos, Marcello Conceição, lembrando que todos precisam fazer a sua parte, evitando prejuízos à defesa agropecuária, atividade tão importante para economia baiana.

A doença é considerada de notificação obrigatória e suas ocorrências ou suspeições devem ser imediatamente informadas às autoridades de Defesa Sanitária Animal no Estado.


Fonte: ADAB-Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
http://www.sheep101.info/201/diseasesa-z.html

Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ



Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ

Propriedades vizinhas e animais que saíram e entraram na propriedade interditada não foram diagnosticados com a doença, demonstrando se tratar de uma ocorrência pontual.


Com o objetivo de discutir o caso da doença Língua Azul identificado em propriedade rural localizada em Vassouras (RJ), fiscais federais do Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSA/Mapa) e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Ovinos e Caprinos e Semiárido se reuniram nessa quarta-feira, 7 de agosto, em Brasília (DF). Também participaram do encontro pesquisadores do Instituto Biológico de São Paulo.
Durante a reunião, foram analisados os procedimentos técnicos e como foi conduzida a investigação do caso da doença. “É importante ressaltar que todas as propriedades vizinhas e todos os animais que entraram e saíram desta propriedade foram analisados e não diagnosticados com Língua Azul”, informa o diretor do DSA, Guilherme Marques. A propriedade de Vassouras (RJ) continua interditada para a realização de estudos e análises complementares.
Os participantes da reunião foram unânimes quanto à decisão de que não há justificativa técnica ou cientifica que no momento justifique importar vacina para combater a Língua Azul. De acordo com Guilherme Marques, não seria seguro tomar essa atitude agora. “Pelo cenário clínico e epidemiológico apresentado não justifica a aquisição e distribuição de vacinas contra a doença, além do fato de não existir vacinas produzidas com cepas nacionais e a utilização das importadas que são específicas para sorotipos que ocorrem em outros países, não apresentam garantias de imunização adequada.”
Em debate sobre o índice de mortalidade dos animais na região de Vassouras, os participantes da reunião concordaram que é necessário aguardar as demais análises laboratoriais que estão sendo realizadas para identificar casos possíveis de coinfecção, ou seja, presença de mais de um agente que elevaria o nível de óbitos. “Vários sintomas desses animais como perda de peso, diminuição da produção de leite e aborto não são causados unicamente pela Língua Azul, os exames podem nos apontar outras doenças, que associadas, podem ter contribuído para o aumento no número de mortalidade”, esclarece o diretor.