segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ



Mapa e Embrapa debatem sobre caso de Língua Azul no RJ

Propriedades vizinhas e animais que saíram e entraram na propriedade interditada não foram diagnosticados com a doença, demonstrando se tratar de uma ocorrência pontual.


Com o objetivo de discutir o caso da doença Língua Azul identificado em propriedade rural localizada em Vassouras (RJ), fiscais federais do Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSA/Mapa) e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Ovinos e Caprinos e Semiárido se reuniram nessa quarta-feira, 7 de agosto, em Brasília (DF). Também participaram do encontro pesquisadores do Instituto Biológico de São Paulo.
Durante a reunião, foram analisados os procedimentos técnicos e como foi conduzida a investigação do caso da doença. “É importante ressaltar que todas as propriedades vizinhas e todos os animais que entraram e saíram desta propriedade foram analisados e não diagnosticados com Língua Azul”, informa o diretor do DSA, Guilherme Marques. A propriedade de Vassouras (RJ) continua interditada para a realização de estudos e análises complementares.
Os participantes da reunião foram unânimes quanto à decisão de que não há justificativa técnica ou cientifica que no momento justifique importar vacina para combater a Língua Azul. De acordo com Guilherme Marques, não seria seguro tomar essa atitude agora. “Pelo cenário clínico e epidemiológico apresentado não justifica a aquisição e distribuição de vacinas contra a doença, além do fato de não existir vacinas produzidas com cepas nacionais e a utilização das importadas que são específicas para sorotipos que ocorrem em outros países, não apresentam garantias de imunização adequada.”
Em debate sobre o índice de mortalidade dos animais na região de Vassouras, os participantes da reunião concordaram que é necessário aguardar as demais análises laboratoriais que estão sendo realizadas para identificar casos possíveis de coinfecção, ou seja, presença de mais de um agente que elevaria o nível de óbitos. “Vários sintomas desses animais como perda de peso, diminuição da produção de leite e aborto não são causados unicamente pela Língua Azul, os exames podem nos apontar outras doenças, que associadas, podem ter contribuído para o aumento no número de mortalidade”, esclarece o diretor.

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